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Adoção e exclusão insidiosa: o imaginário de professores sobre a criança adotiva

PONTES, M. L. S. et al. Adoção e exclusão insidiosa: o imaginário de professores sobre a criança adotiva. Psicologia em Estudo. Maringá (PR), v. 13, n. 3, p. 495-502, jul-set. 2008.

Disponível em:  <http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722008000300010.>

Objetivos: Focaliza o imaginário coletivo de professores sobre a criança adotiva, levando em conta os determinantes afetivo-emocionais inconscientes. Métodos: Os sujeitos são 20 professoras do ensino fundamental, com idades variáveis entre 25 e 55 anos, metade vinculada a escolas públicas e metade a escolas particulares. A investigação é feita por meio de entrevistas e do Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema: cada professora desenhou uma criança adotiva e inventou uma estória, escrita no verso da folha. O conjunto do material foi analisado de acordo com a teoria psicanalítica dos campos. Resultados: O imaginário desses professores organiza-se, a partir de dois campos temáticos, de caráter não consciente: “abandono infantil” e “infertilidade”. O abandono relaciona-se ao sofrimento, à angústia e às decepções das crianças que esperam por adoção. A infertilidade é invocada como principal motivação para a adoção, a qual, dessa maneira, se configura sob a ótica individualista, de solução para o casal. Os achados revelam que é importante a mudança psicossocial, uma vez que a prática da adoção no se realiza mais pelo viés da resolução da infertilidade do que pelas necessidades e urgências da população infantil abandonada.

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