NOGUEIRA; P. S.; OLIVEIRA, A. L. Estudo sobre o processo de resiliência de jovens intercambistas por meio do Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema. In: Anais do ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RORSCHACH E MÉTODOS PROJETIVOS: Fundamentos e Construções Contemporâneas dos Métodos Projetivos PUC Goiás, Goiânia 2018, p. 168.
Resumo: Nos programas de mobilidade acadêmica, mudanças psicológicas e sociais constituem desafios para o jovem, que podem ser vistas como fatores de risco no intercâmbio e precisam ser enfrentados para manutenção do bem-estar. A resiliência pode ser compreendida como o conjunto de processos sociais e intrapsíquicos que possibilita o enfrentamento da adversidade, gerando possibilidade de superação. Objetivo: O objetivo geral da presente pesquisa foi analisar o processo de resiliência de jovens intercambistas e a influência da resiliência para a adaptação do jovem no exterior. Foi realizada uma pesquisa exploratória, de campo, com abordagem qualitativa com uma amostra de 10 jovens, de ambos os sexos. Material: Foram aplicados três instrumentos: Escala de Resiliência, Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema e Entrevista. Pode se constatar que a mobilidade acadêmica internacional é cada vez mais procurada pelos jovens universitários na atualidade para ampliação da visão de mundo e vivência de experiências importantes para seu processo de formação acadêmica. Trata-se de uma experiência que traz importantes desafios para os jovens, sendo os principais o idioma, a saudade da família, o preconceito e a adaptação às metodologias utilizadas nas faculdades no exterior. Resultados: Os principais fatores de proteção identificados foram os de natureza individuais, tais como a determinação, o foco, a fé e a paciência. Os amigos, fatores de proteção social, também foram decisivos para o processo de enfrentamento das dificuldades. Concluiu-se sobre a importância da resiliência para a vivência bem sucedida da experiência e que o campo se abre para a possibilidade de atuação do psicólogo, uma vez que este pode contribuir para construção de um processo de mobilidade internacional que vise a atenção integral à saúde do jovem.