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O processo de resiliência na transição da menopausa

SILVA, L. F. B. O processo de resiliência na transição da menopausa. 84 p. Monografia (Graduação) – Departamento de Psicologia, Universidade de Taubaté, Taubaté (SP), 2020.

Disponível em: http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/4432

Resumo: O climatério é definido como um processo natural do ciclo de vida feminino, inerente à transição da fase reprodutiva para a fase não reprodutiva, tendo seu marco principal na menopausa. Durante esse período, a mulher passa por várias mudanças fisiológicas e emocionais. Muitos desafios surgem nessa fase e fatores de proteção, sejam individuais, sociais, comunitários ou familiares, podem trazer impactos positivos para o enfrentamento mais favorável desse processo através do desenvolvimento da resiliência – capacidade de superar os obstáculos, não deixando que eles interfiram na saúde mental. Assim, esta pesquisa teve como objetivo analisar os aspectos resilientes de uma amostra de 20 mulheres na transição da menopausa, entre 45 e 60 anos, com ou sem acompanhamento ginecológico, procurando compreender como o processo de resiliência favorece o enfrentamento positivo desse período. Trata-se de uma pesquisa de campo, exploratória com abordagem qualitativa, cujos dados foram obtidos através de três instrumentos: a Escala de Resiliência de Wagnild e Young, o Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema e uma entrevista semiestruturada. Das 20 mulheres que compuseram a amostra, 40% indicaram alta resiliência, 30% demonstraram média resiliência e 30% apresentaram resiliência baixa. Foram analisados os principais desafios vivenciados pelas mulheres no período climatérico, desde alterações físicas muito apontadas, como fogacho e sudorese, até impactos emocionais e sociais, como irritabilidade, alterações de humor, preocupação com o parceiro, entre outros. Também foram analisados os fatores de proteção e as estratégias de enfrentamento que favorecem o desenvolvimento da resiliência, como apoio familiar e de amigos, acompanhamento médico, tratamento medicamentoso e outros. Além disso, estratégias como a busca por ajuda para melhor compreensão do processo climatérico e autocuidado se mostraram importantes para o processo de enfrentamento das dificuldades. Concluiu-se que a resiliência é importante para a vivência bem sucedida da transição para a menopausa, uma vez que favorece um melhor manejo dos sintomas do climatério, contribuindo para qualidade de vida e bem estar das mulheres nesse período. Nesse sentido, entende-se que esse é um período oportuno para reflexão acerca novas atitudes em relação a si, aos outros e ao futuro.

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