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A mulher superlativa: um estudo de caso sobre a dupla jornada de trabalho de uma mulher puérpera

CARDOSO, L. V. A mulher superlativa: um estudo de caso sobre a dupla jornada de trabalho de uma mulher puérpera. 105 p. Monografia (Graduação em Psicologia) – Universidade de Taubaté, Taubaté (SP), 2020.

Disponível em: http://repositorio.unitau.br/jspui/handle/20.500.11874/4395

Resumo: O presente trabalho está alicerçado na conceituação de \mulher superlativa, ou seja, na ideia de que as mulheres puérperas, com dupla jornada de trabalho (a remunerada e a não remunerada), sentem-se, de certa forma, obrigadas, coagidas e/ou pressionadas a realizar todas as tarefas que lhe são incumbidas com máxima excelência. Por muito tempo coube aos homens a escolha de um trabalho e as mulheres a seguir os ditames da sujeição biológica: a maternidade, dedicando-se, por consequência, a prole, ao marido e a casa. Hoje, muitas se deparam com o ônus da expansão de papeis. O objetivo deste estudo foi de compreender, diante deste cenário, como a participante, sendo mulher, mãe, assalariada e empreendedora, vivencia estes papeis e de que forma a dupla jornada pode impactar no seu bem-estar biopsicossocial. O método escolhido foi de um estudo de caso único, com análise qualitativa. A hipótese era de uma sobrecarga de tarefas e frente a ela, utilizaram-se os seguintes instrumentos: entrevista aberta, Escala de Autoestima de Rosenberg, Questionário Sociodemográfico e o Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema. O Referencial de Analise Sistêmica do Desenho-Estória possui nove categorias: Atitudes Básicas, Figuras Significativas, Sentimentos Expressos, Necessidades e desejos, Contexto Familiar, Estrutura Familiar, Dinâmica Familiar e Valores Familiares. A entrevista aberta, por sua vez, foi dividida em quatro categorias. Os resultados encontrados pelos instrumentos confirmam a hipótese e alertam para as consequências da divisão sexual do trabalho. Pode-se concluir que tal naturaliza do trabalho reprodutivo impacta direta e indiretamente na autoestima e no esgotamento físico e mental da participante. Por fim, vale ressaltar que esta analise, cuja base e uma experiencia subjetiva, corresponde a um contexto socioeconômico e cultural especifico, que não pode ser generalizado.

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