Considerações sobre a realidade externa e o mundo interno de crianças portadoras de doença péptica

  1. HAMES, S. L. Considerações sobre a realidade externa e o mundo interno de crianças portadoras de doença péptica. 246 p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Psicologia da PUC- SP. São Paulo (SP), 1992.

Objetivos: Analisar a situação de vida de oito crianças, com idade entre 8 a 13 anos, portadoras de doença péptica e estudar as características psicológicas predominantes. Métodos: Para o levantamento dos dados, utiliza-se o prontuário médico, a entrevista psicológica com o responsável pela criança e o Procedimento de Desenhos-Estórias. A análise é realizada pelo método compreensivo, em abordagem psicossomática de fundamentação psicanalítica.  Resultados: Conclui-se que a situação de vida dessas crianças sempre esteve envolvida com múltiplos aspectos potencialmente problemáticos, e que os surtos clínicos se relacionam com vivências traumatizantes, influenciando a evolução da doença. Os aspectos da dinâmica emocional encontrados são indicadores da posição esquizoparanóide, apontando imaturidade emocional e incapacidade de expressar e lidar com impulsos agressivos, que emergem de modo psicossomático. Além disso, a relação objetal com as imagos parentais é marcada por pobreza afetiva, ocasionando sentimentos de abandono e de tristeza. As crianças são carentes de gratificação externa, implicando a necessidade de afeto e proteção, de que o processo péptico parece se desenvolver. O conflito presente gera ansiedades, que podem desencadear a hipersecreção gástrica.

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