Criança e luto: vivências fantasmáticas diante da morte do genitor

FRANCO, M. H. P.; MAZORRA, L. Criança e luto: vivências fantasmáticas diante da morte do genitor. Estud. Psicol. Campinas, v. 24, n. 4, out-dez. 2007.

Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-166X2007000400009&script=sci_arttext>

Objetivos: Investigar o universo de fantasias da criança enlutada pela morte de um ou ambos os pais, para averiguar como tal perda atua sobre o mundo fantasmático da criança, e de que modo suas fantasias se relacionam com seu processo de elaboração do luto. Métodos: Três entrevistas lúdicas e aplicação do Procedimento de Desenhos-Estórias em cinco crianças de três a oito anos de idade, enlutadas em decorrência da morte de um ou ambos os genitores e indicadas para atendimento psicoterápico em uma clínica-escola; também foram feitas entrevistas com o genitor sobrevivente ou responsável pela criança e entrevista familiar. Resultados: Apreenderam-se fantasias de aniquilamento, culpa, castração, onipotência, rejeição, identificação, retaliação, idealização e desidealização do objeto perdido; agressividade; negação da perda; regressão; reparação; repetição da situação da perda. Foram apontados sentimentos, comportamentos e sintomas por meio dos quais as fantasias foram expressas. A construção das fantasias mostrou-se relacionada ao desenvolvimento psicossexual e cognitivo e ao modo de funcionamento egóico da criança, condições circundantes ao evento da morte e dinâmica familiar.

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