GOMES, I. C., NOFFS, M. H. Ensino de técnicas projetivas gráficas num curso de psicologia de uma instituição privada de ensino superior, em São Paulo. In: Anais do III ENCONTRO DA SBRo – SOCIEDADE BRASILEIRA DE RORSCHACH E OUTROS MÉTODOS PROJETIVOS. Ribeirão Preto, (SP), 09 a 12 de dezembro de 1998.
Objetivos: Reflexão sobre o ensino de técnicas gráficas (HTP, Teste do desenho de uma família e Procedimento de Desenhos-Estórias, de W. Trinca, por meio da observação e do relato de uma experiência de dez anos com alunos de 4º e 5º ano de uma faculdade (particular) de Psicologia, em São Paulo (Capital). É somente no 4º ano que o aluno entra em contato com qualquer método projetivo, aplicando as técnicas em sujeitos escolhidos por eles, tendo a supervisão do professor durante todo o trabalho de análise interpretativa do material. No 5º ano, essas técnicas são aplicadas em pacientes da clínica-escola, através de estágio supervisionado feito pelo aluno na área de psicodiagnóstico clínico. Resultados: Observa-se que, no primeiro momento, há uma forte resistência por parte dos alunos frente ao material, chegando à incredibilidade. Por outro lado, há também uma grande mobilização para usar das técnicas aprendidas como formas de autoconhecimento e diagnóstico. Portanto, o ensino dessa matéria, que envolve teoria e prática, acarreta dificuldades específicas ao professor, exigindo maior formação dele, pois, mesmo estando em um papel didático, este vê-se frente a questões de natureza não-pedagógicas e precisa recorrer ao seu “olhar clínico”.