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Entre o familiar e o estranho: representações sociais de professores sobre o autismo infantil

SANTOS, M. A. Entre o familiar e o estranho: representações sociais de professores sobre o autismo infantil.2009. 120 p. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de Pernambuco. Recife (PE), 2009.

Disponível em: <https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8357/1/arquivo3695_1.pdf>

Objetivos: Investigar as ideias de senso comum que circulam entre professores a respeito do autismo infantil, mapeando os saberes que as apoiam (ancoragem) e as imagens que as concretizam (objetivação). Métodos: Procedimento de Desenhos-Estórias com Tema e entrevistas não-estruturadas com 16 professores participantes, que compuseram dois grupos: nove professoras que possuem experiência na educação de crianças chamadas autistas e sete professores sem experiência de trabalho com essas crianças. Resultados: A maioria dos professores expressa desconhecimento e incerteza a respeito da origem do autismo. A ideia de um autismo rico, traduzido como um encapsulamento num mundo interno imaginativo, apesar de comum aos dois grupos, é mais forte entre os professores não experientes. Nos relatos das professoras que se ocupam da educação de sujeitos ditos autistas encontramos a atribuição de um caráter não intencional aos comportamentos agressivos dos alunos e de um futuro com poucas possibilidades de inserção social, assim como a imagem do autismo pobre, ligado a imagens de um mundo vazio e pouco funcional. A aproximação com o objeto não parece conduzir a uma maior familiarização. Os professores constroem assim, autistas e autismos variados, num processo de conhecimento que se ancora em diversos repertórios, da psicanálise, neurociências, da linguagem midiática, etc.

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