Estudo clínico das relações interpessoais da criança com câncer nas fases finais

PERINA, E. M. Estudo clínico das relações interpessoais da criança com câncer nas fases finais. 260 p. Dissertação (Mestrado) – Instituto de Psicologia da USP. São Paulo (SP), 1992.

Objetivos: Investigar os processos psicodinâmicos e as relações interpessoais da criança com câncer nas fases de progressão da doença: recaída, prognóstico fechado e fase terminal. Métodos: Realizam-se atendimentos psicológicos em dez crianças com câncer, durante todas as fases de progressão da doença, nos quais são feitas entrevistas e aplicações do Procedimento de Desenhos-Estórias e do Teste de Apercepção Infantil (CAT-A). Os dados são interpretados por meio da abordagem psicanalítica.  Resultados: À medida que a morte se torna mais próxima e real, mecanismos primitivos de defesa, como a negação, a cisão e a idealização, são acionados com a finalidade de proteção frente às angústia decorrentes da dissolução da individualidade e da perda dos objetos amados. Observa-se, quanto às relações interpessoais, uma relação de dependência em nível regressivo. Há projeção de raiva e culpa sobre a equipe de saúde e sobre os familiares. A ambivalência está presente nas experiências de intenso medo de perda, ansiedade e culpa. Conclui-se que há necessidade de ajuda eficaz à criança em seu processo do morrer, para adequada elaboração do luto junto à família.

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