Formas lúdicas de investigação em psicologia: Procedimento de Desenhos-Estórias e Procedimento de Desenhos de Família com Estórias

TRINCA, W. Reflexões sobre o D-E. In: TRINCA, W. (Org.) Formas lúdicas de investigação em psicologia: Procedimento de Desenhos-Estórias e Procedimento de Desenhos de Família com Estórias. São Paulo: Vetor, 2020, p. 231-237.Em 1972, o Procedimento de Desenhos-Estórias estabeleceu-se como um método sui generis, que leva em conta tanto a estória como o desenho, sendo indissociáveis um do outro. Dado que o Procedimento prevê até cinco unidades de produção, a interpretação deve considerar o conjunto das produções.  Assim, ele se configura como uma ferramenta de síntese, capaz de captar processos inconscientes. Para tanto, foi necessário desviar-se dos pressupostos da ciência clássica: o D-E conta primordialmente com a atenção flutuante do profissional e a associação livre do examinando. A interpretação segue, então, o método da interpretação semelhante ao dos sonhos. Em ambos ocorrem processos inconscientes, mas por meio de imagens e narrativas, é possível lançar luz sobre questões subjetivas cruciais e decifrar questões inconscientes centrais, a partir da análise do todo. Nesse sentido, são importantes tanto o setting favorável como a capacidade do profissional compreender o material. O autor pontua que, em 2011, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) cogitou submeter o D-E a um processo, classificando-o como teste psicológico. Dois anos depois, o CFP decidiu rever tal proposta, possibilitando, então, que o D-E permanecesse como técnica lúdica e continuasse a ser utilizado por profissionais de diversas categorias. O autor agradece as inúmeras e contínuas utilizações do D-E, pois isso tem evidenciado o valor significativo do instrumento.

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