Meu corpo vive essa dor: o psicodiagnóstico interventivo no tratamento de mulheres obesas

MISHIMA, F. K. T. Meu corpo vive essa dor: o psicodiagnóstico interventivo no tratamento de mulheres obesas. 259 p. Editora Appris: São Paulo (SP), 2021.

Disponível em: Meu Corpo Vive essa Dor: O Psicodiagnóstico Interventivo no Tratamento de Mulheres Obesas

Resumo: O livro Meu corpo vive essa dor: o Psicodiagnóstico Interventivo no tratamento de mulheres obesas lança um novo olhar para os cuidados e a compreensão da obesidade feminina, considerando-a representativa de uma dor psíquica, uma relação mente-corpo com o alimento de dependência e compulsão, com um sentido específico dado ao comer excessivo. A obra inova ao trazer o Psicodiagnóstico Interventivo, de orientação psicanalítica, como possibilidade de tratamento para essa patologia e propõe-se a compreender como esse processo permite que as mulheres tenham experiências que possibilitem entender o excesso de ingestão alimentar e a necessidade de preencher uma fome insaciável, uma dor sentida e refletida no corpo e na mente delas. Escolhi técnicas que facilitassem meu contato com as pacientes, como o Procedimento de Desenhos-Estórias. Neste livro, há a descrição do atendimento clínico breve de cinco mulheres que estão acima do peso, lidando diariamente com a angústia de não conseguir permanecer em nenhum tratamento para obesidade, e, ainda, a batalha travada com as consequências de se estar fora dos padrões de beleza juntamente a experiências de preconceito por sua condição. São mulheres que convivem com a obesidade há um tempo, o aumento de peso perpassa sua história de vida com as figuras parentais, seus relacionamentos amorosos e com a vida social. O processo terapêutico vivido permitirá pensar a dor psíquica refletida no corpo, qual o sentido dado ao alimento e por que é tão difícil perder peso. As maneiras de se relacionar com o ambiente são mostradas, bem como o significado do que é perder gordura corporal, o que é viver para comer. A proposição é de que o PI permita compreender o sentido que o alimento (concreto) tem na vida psíquica. Será possível ter esse entendimento? Qual a conversa travada entre o corpo e a mente? Será possível sentir que se tem um lugar e um espaço próprios neste mundo tão cruel com a obesidade? Como buscar a satisfação própria sem depender tanto do olhar do outro? As mulheres atendidas mostram aqui sua história de vida, carregada de traumas, experiências amorosas e destrutivas, bem como a coragem em enfrentar e confrontar a si mesmas, em um espaço terapêutico possibilitador da expressão de si mesmas.

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