VILLELA, E. M. B. O uso do DF-E na clínica: A estória de Ana Banana e sua família bacana. In: TRINCA, W. (Org.) Formas lúdicas de investigação em psicologia: Procedimento de Desenhos-Estórias e Procedimento de Desenhos de Família com Estórias. São Paulo: Vetor, 2020, p. 131-141.
Dado que o Procedimento de Desenhos de Família com Estórias (DF-E) consiste num objeto mediador, que favorece a elucidação dos sofrimentos presentes na dinâmica familiar do paciente, a autora fez uso do DF-E durante o processo de psicodiagnóstico, cuja paciente era uma criança de seis anos de idade. A autora aprofunda a interpretação das unidades gráficas em conjunto com as estórias da paciente. Compreendendo que o conflito central é de identidade. Além de analisar as unidades separadamente, é importante interpretá-las em conjunto. Foi identificado que Ana não encontrava lugar para ser ela mesma em meio à própria família, já que a irmã era quem recebia amor e atenção dos pais e, em paralelo, a paciente permanecia identificada com os fantasmas da história familiar da mãe. As produções realizadas pela criança no DF-E auxiliaram a que ela pudesse se escutar e ajudaram a estabelecer uma relação de confiança com a psicóloga. Ao final, esta pôde mobilizar os pais a respeito do sofrimento que a criança estava sentindo.