MARINHO, G. S. C. Estudo da relação padrasto e enteado. Dissertação (Mestrado) – Universidade Metodista de São Paulo. São Bernardo do Campo (SP), 2014.
Disponível em: <http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/1357/1/GlauciaMarinho.pdf>
Objetivos: Identificar a percepção do padrasto acerca das relações com seus enteados, da sua função e papel na família. Métodos: Investigação clínica com orientação psicanalítica realizada em consultório com três participantes adultos que eram padrastos. Os pacientes se submeteram ao Procedimento de Desenhos de Família com Estórias e participaram de entrevistas semidirigidas. Resultados: Um dos participantes exerce o papel de pai provedor e orientador, porém, adota postura submissa em relação às mulheres e demonstra conflito nas próprias vivências parentais. Outro integrante também vivencia o papel de pai provedor e orientador e estabelece relações afetuosas com o enteado, embora sinta medo do isolamento por associação à figura paterna frágil introjetada. Outro participante demonstra desejo de ter um pai ideal para poder ser um padrasto ideal e ilustrou imaturidade afetiva bem como sentimento de culpa e frustração. A autora expõe que, apesar das diferentes percepções, todos os padrastos revelaram não ter uma definição clara do seu papel, portanto, sugere que novos estudos sejam realizados para favorecer a construção de vínculos entre padrastos e enteados, além de promover a ressignificação das relações primeiras infantis dos padrastos.